FÉ E TRADIÇÃO: IPUPIARA, VILA DE IBIPETUM, NOVO HORIZONTE E ITAQUARI VIVEM A FESTA DO DIVINO.

  

Foto divulgação

  A Festa do Divino Espírito Santo é uma comemoração popular das mais antigas e difundidas tradições do catolicismo. A origem dos festejos está ligada a data do Pentecostes, celebrado cinquenta dias depois da Páscoa, quando segundo a tradição católica, o Espírito Santo teria descido sobre os apóstolos, que passaram a falar em línguas pregando a palavra do senhor.


A Festa do Divino teve sua origem na então Vila de Alenquer, em Portugal, instalando-se definitivamente no arquipélago dos Açores. O estabelecimento da festa ocorreu ao longo do século XIV, quando a celebração foi instituída pela Rainha D. Isabel (1271-1336). A então rainha portuguesa determinou que durante a festa fosse coroado rei um menino, que alimentos fossem distribuídos entre os mais humildes e que alguns presos fossem soltos. Tudo isso porque o Divino iria imperar e cair sobre todos e a terra então viveria em fartura e perdão. Entre os diversos papéis a serem representados na celebração, havia o rei, o capitão da guarda, o alferes da bandeira e o pajem do estoque (uma espécie de tesoureiro). 


Outras manifestações populares que se integram à Festa do Divino, são apresentações de cavalhada, congada e danças como cururu, fandango e jongo. No Brasil, a festa foi trazida pelos açorianos no século XVI, e também acompanhou os açorianos que emigraram para os Estados Unidos, o Canadá e o continente africano.


Para a realização da festa era preciso arrecadar donativos. Esse papel era feito pelos foliões que percorriam fazendas recolhendo doações e esmolas para os preparativos do banquete. Os foliões alegravam a população com dança e música em troca de esmolas. As irmandades responsáveis por essas folias eram todas reunidas durante o banquete público, também conhecido como o “jantar para os pobres”.


Em Ipupiara, Vila de Ibipetum, Novo Horizonte e Itaquari essas tradições ainda continuam.


 O mastro caminha e as mãos e vozes entoam cantos de reza que fazem a tradição centenária perpetuar nessas comunidades e nesse Município. As famílias se mobilizam para receber os mestres, dotados de violão, sanfona, triângulo, zabumba e pandeiro. O grupo de "rezeiros" passa pelos bairros de casa em casa Vestidos em trajes vermelhos. São ofertados aos grupos, cafés, refrigerantes, bolos, tortas, doces... 


Durante meses os "rezeiros" percorrem os bairros, de casa em casa. Sua função é arrecadar prendas (doações que são para a igreja e uma pequena parte é usada para a comemoração no final do reisado). Ao chegar em cada casa  cumpre- se um pequeno ritual: enquanto os "rezeiros" cantam, o dono da casa oferece a prenda. É comum que a dona da casa leve a bandeira ao interior dos cômodos para abençoar a casa, então, depois da oração, as prosas afinam as relações com os vizinhos reunidos e as saudades de tempos passados são relembradas.


O grupo de "rezeiros", composto por pessoas de várias localidades do município, realiza a abertura e o fechamento da tradicional Festa do Divino Espírito Santo organizada anualmente por um casal de imperadores que comandam o reisado no mês de Maio. A peregrinação ocorre nos meses que antecedem a Festa e as visitas sempre acontecem aos finais de semana.













FOTOS REPRODUÇÃO


DA REDAÇÃO, 23/05/2022

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