Vereador de Ibititá detona Cafu Barreto: “poderá ser condenado por roubo de dinheiro público”, diz Paulo Dourado

 


Seja como gestor público, seja como empresário, Cafu Barreto, ex-prefeito de Ibititá e empresários da construção civil, dono de diversos empreendimentos, como a Papaléguas Construções, responde a diversos processos por “roubo de dinheiro público”. Quem afirma é o vereador de Ibititá, Paulo Dourado (MDB). Dinheiro do Fundef e de obras em Ipupiara, desapareceram

 

REPORTAGEM d’O Cristal

 

O virtual candidato a deputado estadual e empresário Cafu Barreto, que teve suas contas como ex-prefeito de Ibititá, rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios, nesta terça-feira, 5, responde a diversos processos por malversação do dinheiro público e como empresário da construção civil.

Parte das irregularidades denunciadas estão expostas no inquérito civil da Procuradoria da República, as quais estão elencadas na Ação Civil Pública tombada pelo número 2780-07.2017.4.01.3312 movida pelo Procurador da República junto à Justiça Federal, em Irecê.

 

O 1º Tribunal Regional Federal acolheu denúncias que sinalizam crimes cometidos pelo prefeito Cafu Barreto no uso de recursos de Precatórios do Fundef, em comum acordo com a sua prima Nilva Barreto, a “Nilvinha do Canoão”,  tesoureira à época e atual prefeita do município de Ibititá. Para dar prosseguimento ao processo, a Procuradoria Geral da República, através do Procurador Gustavo Peçanha Veloso, tombou o ato sob o número 1.01000.000352/2018-18.



De acordo com as denúncias formuladas, o prefeito recebeu em dezembro de 2016, fruto de cobranças judiciais, mais de R$ 19 milhões de recursos do Fundef, retidos irregularmente pelo Ministério da Educação, em prejuízo da educação básica e dos professores.

 

Nas denúncias apresentadas, são elencadas várias empresas com movimentações suspeitas. A empresa Empresa Arli Rocha Sampaio (Supermercado Santa Rita) com sede na Vila de Hidrolância, município de Uibaí, por exemplo, faturou em Ibititá, no ano de 2015, com o fornecimento de merenda escolar e material de limpeza, pouco mais de R$ 179 mil. Mas no ano fiscal de 2017, milagrosamente o faturamento na mesma prefeitura, subiu para R$1.567.188,93 (um milhão, quinhentos e sessenta e sete mil, cento e oitenta e oito reais e noventa e três centavos) sem que ocorresse aumento do número de escolas, nem de alunos.



 

FARRA DA FORMAÇÃO CONTINUADA

 

Ainda segundo as denúncias, os serviços não foram prestados, mas o ex-prefeito, em conluio com a tesoureira “Nilvinha do Canoão”, pagou à empresa RF Oliveira Junior Serviços ME, R$1.682.000,00 (hum milhão, seiscentos e oitenta e dois mil reais) por formação continuada aos professores.

 

A empresa Maria Angélica de Almeida Pereira-ME, recebeu R$153.000,00 (centro e cinquenta e três mil reais) para serviços de elaboração de projetos para a formação continuada de professores. O valor de R$180.000,00 foi quanto a empresa C. Trindade dos Santos – ME, teria recebido para realizar serviços de orientação para a elaboração do projeto político pedagógico e da matriz curricular do Município de Ibititá e R$29.200,00 empresa CONTEC ASSESSORIA LTDA para a prestação de serviços de gestão, orientação, assessoria, assistência prestada ao sistema e ao processo educacional.

 

Ao todo, segundo o TCM-Tribunal de Contas dos Municípios, Cafu Barreto pagou com recursos dos precatórios do Fundef, para os fins acima elencados, R$2.044.200,00 (dois milhões quarenta e quatro mil e duzentos reais) sendo que os serviços nunca foram realizados. Na notícia criminal, é pedido que os sócios das empresas e o prefeito sejam investigados por formação de quadrilha para desviar recursos federais do município de Ibititá.

 

Nas investigações em pauta na Polícia Federal, constam também pagamentos inclusive sem contratos no momento do depósito bancário, à empresa Bagaço Design Ltda, que recebeu nada mais nada menos, em depósito feito, o valor de R$ 2.796.866,00 (dois milhões setecentos e noventa e seis mil, oitocentos e sessenta e seis reais) para o fornecimento de livros e biblioteca itinerante. “Na prática a totalidade do objeto não foi cumprida, pois nenhum desses serviços foi fornecido ao público de Ibititá, sendo o dinheiro totalmente desviado para fins outros”, aponta a denúncia que tramita na Justiça Federal.

 

CONSTRUÇÃO DE ESCOLA FANTASMA

 

Em 2013, a comunidade do povoado de Batatas recebeu o início das obras de um prédio escolar construído pela prefeitura, com recursos do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no valor de R$ 1.060.000,00 (hum milhão e sessenta mil reais). A obra foi inaugurada no ano de 2015.

 

Em 2017, surge nas prestações de contas da Prefeitura, o pagamento feito, no valor de aproximadamente R$ 230 mil à empresa IPS Construtora LTDA, para a construção de uma escola com seis salas de aulas no Povoado de Batatas. Onde está esta escola? A única lá existente, foi inaugurada em 2015. Ou seja, nem é questão de prestação de contas, é uma fraude. A prefeitura pagou por uma escola fake, quase R$ 230 mil.

 

DUPLA IMPLACÁVEL

 

Ainda segundo os apontamentos das denúncias, o prefeito e a sua prima montaram um esquema para desviar todo o dinheiro dos Precatórios do Fundef. De acordo ao que está sendo avaliado pela Procuradoria Geral da República, que pediu o apoio da Polícia Federal, o exercício fiscal do ano de 2017 foi atípico na Prefeitura de Ibititá, com o dinheiro que chegou ao final de 2016.

 

Sem benefícios para a educação e nem para os professores da Rede Municipal de Ensino, a dupla de parentes teria utilizado empresas de fachada e laranjas do prefeito, que estaria ampliando seu patrimônio com diversos caminhões, posto de combustível, diversas casas em Irecê, Ibititá e em Salvador, inclusive casa de praia.

 

OBRAS INCONCLUSAS EM IPUPIARA

No ano 2011, a construtora Papaléguas, de propriedade do empresário Cafu Barreto, iniciou a construção de uma creche padrão MEC, que atenderia as crianças em idade/creche no município de Ipupiara, durante a gestão do ex-prefeito David Ribeiro.
Orçada em mais de R$ 1.300.000,00 (hum milhão e trezentos mil Reais) a obra nunca foi concluída e os recursos oriundos do Ministério da Educação, pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação desapareceu das contas do convênio. Resultado: não há mais dinheiro, a empresa não concluiu a obra e as famílias sem o benefício da estrutura que já deveria estar funcionando.

A Prefeitura de Ipupiara, em 2017, acionou a justiça, representando ação contra a empresa de Cafu Barreto, na esperança de recuperar os recursos e concluir a obra.





VEREADOR DETONA CAFU BARRETO

Em sua conta pessoal de Facebook, o vereador Paulo Dourado (MDB) detona o ex-prefeito Cafu Barreto e pretenso candidato a deputado estadual pelo PSD de Otto Alencar e Ângelo Coronel. Em manifesto publicado terça-feira, 5, o vereador disse, por exemplo, que Cafu Barreto não teme a Justiça, que a administração dele foi cheia de falcatruas e que roubou o dinheiro do Fundef dos precatórios.

Leia na íntegra, o que disse o vereador:

“Desde o seu primeiro ano de governo, CAFU Barreto não se intimidou com a justiça e meteu a mão com vontade no dinheiro público. E apesar de todas as suas falcatruas, mesmo que com ressalvas suas contas vinham sendo aprovadas.

Mas, como já diz o ditado popular... A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO FALHA.

Chegou a a hora dele pagar por todo desvio cometido, que somente no ano de 2020 chegou a casa dos R$2.753.884,00 (dois milhões setecentos e cinquenta e três mil oitocentos e oitenta e quatro reais)

Agora vai depender da Câmara de Vereadores, essa que existe para FISCALIZAR e fazer valer a LEI.

Vale lembrar que o inquérito do grande roubo do ex-prefeito está por vir à tona... Aquele dos R$19.000.000,00 (dezenove milhões) do FUNDEF que pode ser concluído a qualquer instante pela Polícia Federal e Procuradoria Federal.

Com isso, a partir desse momento complica a candidatura de CAFU Barreto, ele que aliás, vem fazendo uma verdadeira farra do dinheiro com sua pré-campanha Bahia a fora.

E agora José ???????????????????”


 

FARRA COM O DINHEIRO DO POVO

Falando em farra com dinheiro do povo, veja no print abaixo, um exemplo do que disse  vereador Paulo Dourado, no município de Poções, Cafu Barreto se reuniu com diversos times de futebol, aos quais distribuiu kits de materiais esportivos, como jogos de camisa, bolas, chuteiras, meiões, troféus e medalhas, em troca de apoio eleitoral.



 

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