Investigação revela esquema milionário em Turilândia

Uma investigação do Ministério Público do Maranhão revelou a atuação de uma organização criminosa estruturada dentro da Prefeitura e da Câmara Municipal de Turilândia, a 157 km de São Luís. Segundo decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, o grupo teria desviado cerca de R$ 56 milhões de recursos públicos, principalmente das áreas da Saúde e da Assistência Social.

As irregularidades resultaram na Operação Tântalo II, deflagrada na última segunda-feira (22), que levou à prisão do prefeito Paulo Curió (União Brasil) e da vice-prefeita Tânia Mendes. A operação é um desdobramento da primeira fase da Operação Tântalo, realizada pelo GAECO em fevereiro deste ano.

Além do prefeito e da vice, empresários, servidores públicos, dez vereadores e um secretário municipal são investigados por participação no esquema. Parte dos envolvidos já foi presa, enquanto cinco vereadores seguem foragidos.

De acordo com o MP-MA, o esquema funcionava por meio de empresas fictícias, emissão de notas fiscais sem prestação de serviços, fraudes em licitações e distribuição de recursos desviados entre agentes políticos. As investigações apontam crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, praticados entre 2021 e 2025.

As decisões judiciais também indicam que vereadores teriam recebido pagamentos e se omitido do dever de fiscalização, garantindo sustentação política ao grupo. O principal operador financeiro do esquema seria responsável pela circulação do dinheiro, criação de empresas de fachada e distribuição dos valores desviados.

O prefeito e a vice cumprem prisão preventiva na Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas, em São Luís. Já os vereadores presos tiveram a prisão convertida em domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica, para evitar a paralisação administrativa do município.





FONTE: G1