Caminhoneiros planejam paralisação nacional e alertam para risco de aumento nos combustíveis
Caminhoneiros de diversas regiões do Brasil estão organizando uma paralisação nacional marcada para esta quinta-feira (4), segundo o Metrópoles. O movimento lembra a greve de 2018, quando os preços dos combustíveis chegaram a R$ 10,56, e tem como objetivo pressionar por melhores condições de trabalho para a categoria. Entretanto, há receio de que os postos de combustível aumentem os preços de forma abusiva durante a mobilização.
Segundo representantes da classe, a mobilização não possui caráter político nem está ligada a partidos. O protesto busca chamar atenção para a insatisfação dos caminhoneiros, que enfrentam longas jornadas com remuneração insuficiente. Daniel Souza, influenciador e líder da greve de 2018, afirmou que o grupo exige melhorias e denunciou condições precárias enfrentadas durante o trabalho.
“O Brasil ficou parado por três anos devido dessa situação. Agora, sem a interferência política de antes, precisamos mostrar a realidade da nossa classe. Enfrentamos baixa remuneração, falta de estrutura para cumprir a legislação e insegurança nas rodovias. O respeito pela nossa profissão foi perdido”, destacou um caminhoneiro.
Entre as reivindicações estão: garantia de estabilidade no trabalho, cumprimento das leis do setor, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada com recolhimento ou documentação fiscal. Entretanto, alguns caminhoneiros autônomos se opõem à paralisação, temendo que haja interesses políticos por trás do movimento.
A paralisação só terminou depois que o então presidente Michel Temer (MDB) atendeu parcialmente às reivindicações da categoria. Atualmente, a preocupação é que uma nova greve prolongada possa pressionar novamente os preços, já que o valor médio do combustível no país se aproxima de R$ 6,16.
FONTE: Correio do Estado







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