Governos do PT na Bahia já acumularam mais de R$ 35 bilhões em empréstimos desde 2007.

 




Nas últimas duas décadas, a Bahia passou por uma transformação significativa em sua estratégia de financiamento público. Desde 2007, já sob administrações do PT, o Estado autorizou mais de R$ 35 bilhões em empréstimos, um salto que contrasta fortemente com os R$ 1,374 bilhão contratados nos dois mandatos de Paulo Souto — uma diferença de proporção superior a vinte vezes.

Consultas ao portal da transparência da AL-BA e a relatórios do Tesouro Estadual mostram que o Estado, que até meados dos anos 2000 mantinha um endividamento relativamente controlado, passou a recorrer de forma crescente a operações de crédito robustas, tanto no mercado nacional quanto junto a organismos internacionais. A justificativa: bancar obras estruturantes, ampliar serviços públicos e reorganizar finanças.

A guinada com Jaques Wagner

A reorientação ganhou força durante o governo Jaques Wagner (2007–2014). Nesse período, a Bahia passou a firmar contratos inéditos pela magnitude:

2008: US$ 419 milhões com o BID;
2009: R$ 375 milhões com o BNDES;
2012: US$ 700 milhões com o Banco Mundial (BIRD).

Ao término de seu ciclo, Wagner acumulava algo em torno de R$ 6,5 bilhões, inaugurando um padrão de dependência de grandes operações de crédito.

Rui Costa dá continuidade

Entre 2015 e 2022, Rui Costa manteve o volume elevado de contratações. Mesmo com informações dispersas em diferentes sistemas, documentos da Secretaria da Fazenda e do Tribunal de Contas do Estado apontam para aproximadamente R$ 8 bilhões em novos financiamentos, voltados principalmente a projetos estruturais e de infraestrutura.

Sob Jerônimo, endividamento atinge novo patamar

A escalada se intensifica na gestão de Jerônimo Rodrigues. Apenas entre 2023 e novembro de 2025, a AL-BA autorizou cerca de R$ 23 bilhões — o maior valor já aprovado em um único período desde o início dessa política.

Entre as autorizações mais relevantes estão:

Maio de 2025: pacote de R$ 4,5 bilhões — até R$ 3 bilhões com bancos nacionais (com garantia da União) e R$ 1,5 bilhão do Banco do Brasil, destinado principalmente a mobilidade e infraestrutura;
Agosto de 2025: mais R$ 4,5 bilhões por meio do Banco Mundial, voltados à reestruturação de passivos antigos, com juros reduzidos.

O governo defende que, apesar dos números elevados, os indicadores fiscais seguem dentro dos limites legais e que as operações são essenciais para sustentar o ritmo de investimentos.

Comparações que pesam

O contraste é inevitável: enquanto durante os 12 anos de Paulo Souto os empréstimos não ultrapassaram R$ 1,374 bilhão, os governos petistas multiplicaram esse volume por 25, reforçando uma trajetória de crescente dependência de crédito externo e renegociações.

Assembleia mais flexível, Estado mais comprometido

Outro ponto sensível é a postura da AL-BA. A base governista tem aprovado os projetos de financiamento com facilidade, cenário oposto ao observado em gestões anteriores. O efeito combinado é claro: investimentos mais volumosos, porém com aumento expressivo das obrigações de longo prazo — fator que deve alimentar o debate sobre a saúde fiscal do Estado, sobretudo diante da velocidade do endividamento nos dois primeiros anos da gestão Jerônimo.




FONTE: Acessepolítica

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