MANIPULAÇÃO E ILUSÃO: Governo Lula prepara campanha publicitária de R$ 50 Milhões sobre o Pix

Em meio a um cenário de crescente desconfiança quanto à segurança do sistema de pagamentos instantâneos do Pix, o governo federal está preparando uma campanha publicitária de grande porte, com um orçamento de até R$ 50 milhões, com o objetivo de acalmar os ânimos da população e reforçar a imagem de imutabilidade do sistema.
A encomenda para a criação da campanha foi realizada na última sexta-feira, 17 de janeiro, e, já na segunda-feira seguinte, quatro agências de propaganda que mantêm contratos com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) apresentaram suas propostas para o governo, no Palácio do Planalto. A expectativa é que a campanha seja lançada o mais rapidamente possível, com uma estratégia massiva de veiculação nos principais meios de comunicação, incluindo rádios, TVs e redes sociais.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta que uma comunicação assertiva e bem estruturada pode mitigar os receios em relação à segurança do Pix, principalmente depois de uma série de notícias sobre fraudes e falhas no sistema. Ao invés de uma ação focada em mudanças estruturais, a administração federal optou por reforçar a confiança pública através de uma grande ação de marketing institucional, destacando a segurança e a "imutabilidade" do Pix.
A campanha, que será veiculada em todo o Brasil, visa alcançar diferentes públicos, garantindo que a população se sinta mais segura e confortável ao utilizar o sistema de pagamentos instantâneos, implantado em 2020. O objetivo do governo é convencer a população de que o sistema é seguro e robusto, e que quaisquer falhas que possam ter ocorrido no passado não comprometem a eficácia do Pix no presente e no futuro.
O orçamento de R$ 50 milhões, embora expressivo, também reflete a necessidade de uma campanha de grande escala, capaz de impactar milhões de brasileiros em diversas plataformas. As agências de propaganda contratadas pela Secom têm a missão de criar uma narrativa persuasiva, que combine informações institucionais com um tom tranquilizador, buscando contrapor as críticas e preocupações que ainda cercam o uso do Pix.
Especialistas em comunicação apontam que uma campanha desse porte pode ser uma tentativa do governo de controlar a narrativa e criar uma imagem positiva em torno do sistema de pagamentos, sem necessariamente implementar medidas eficazes de segurança. O orçamento robusto e a urgência na veiculação da campanha levantam questões sobre a efetividade de uma comunicação institucional em comparação com ações práticas para melhorar a segurança do sistema.
Com o lançamento da campanha previsto para os próximos dias, resta saber se a estratégia de "tranquilização" será suficiente para resolver as preocupações reais da população ou se o governo estará, mais uma vez, recorrendo à propaganda para mascarar falhas que necessitam de ações concretas.
Enquanto a campanha não sai do papel, o debate sobre a segurança do Pix segue sendo uma preocupação crescente entre os usuários, que continuam atentos às informações sobre possíveis fraudes e vulnerabilidades do sistema.