COM BAIXO ESTOQUE DE INSETICIDA E SURTO DE DENGUE NO ESTADO, IPUPIARA SE DESTACA PELO COMBATE À DOENÇA.

Estado possui apenas 43 litros de inseticidas que atuam no combate ao mosquito. Número só é suficiente para cobrir a demanda de apenas 1 dos 417 municípios do estado.

 Os dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia dão conta de que foram registrados 9.925 casos de dengue em todo o território baiano no primeiro bimestre do ano. Se comparado ao ano anterior, o número reflete um aumento de 55% no registro dos casos. Para piorar a situação e colocar ainda mais em risco a população, segundo dados oficiais da SESAB, a Bahia detêm, nesse momento, apenas 43 litros dos inseticidas utilizados para o controle e combate da praga. As autoridades atribuem o desabastecimento dos inseticidas à falta do Imidacloprida + Praletrina, substâncias utilizadas nos carros "fumacê".


Em Ipupiara, a atuação da Secretaria de Saúde em conjunto com a Vigilância Epidemiológica têm dado resultado para não possibilitar que o surto da doença chegue ao município. Nesses primeiros meses do ano, nenhum caso de dengue foi registrado. Os agentes de endemias têm papel fundamental para evitar que o mosquito Aedes Aegypti se instale em superfícies ou objetos. As visitas periódicas nas residências para buscar possíveis focos e orientar os moradores, além de contar com a contribuição dos cidadãos, mostram que é possível realizar um trabalho exitoso no combate e controle da doença.


"Em janeiro de 2022, nosso município passou por um surto, onde o total de casos registados chegou a 142, sendo notificados aproximadamente 30 pacientes por dia. Hoje graças as intervenções realizadas pelos agentes de endemias e a conscientização da população, esses números zeraram." Conforme esclarece a coordenadora da Vigilância em Saúde do município, Danila Oliveira. Para ela, a população deve continuar alerta para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegipty.


"É importante, principalmente neste período de chuva, que a gente acenda um alerta para os cuidados com as arboviroses, em especial a dengue. Fazemos um apelo à população para que continuem atentos e seguindo as orientações de prevenção. Junto a isso, os agentes de endemias estão em campo todos os dias realizando atividades educativas, fazendo o tratamento e a busca ativa de casos no território municipal", afirma Danila Oliveira.


Para o prefeito Ascir Leite, a soma dos esforços dos profissionais da Saúde, junto com o entendimento e cooperação da população ipupiarense são fatores fundamentais para que Ipupiara ainda não tenha tido registro da doença em 2023. "Todos os anos nós podemos acompanhar na televisão algumas campanhas para o combate ao mosquito Aedes Aegypti e as doenças que eles podem trazer à população. Poder chegar nesse período, onde muitos municípios do nosso estado estão sofrendo para controlar o surto da doença, sem que tenhamos um caso na nossa cidade, é sinal de que o trabalho de prevenção e orientação está sendo bem feito, além do reconhecimento de toda a população sobre a importância do cuidado, que começa dentro da nossa casa. Portanto, gostaria aqui de externar o meu agradecimento à todo o povo de Ipupiara, assim como os nossos colaboradores da Secretaria de Saúde, da Vigilância Epidemiológica e os agentes de campo, que passam de rua em rua, casa por casa, objetivando contribuir para não permitir a instalação do mosquito e provável proliferação da doença."


Curiosidade


Na Bahia, a primeira epidemia de dengue foi detectada em fevereiro de 1987, aqui em Ipupiara. O sorotipo identificado foi o DEN-1 e cerca de 623 casos foram notificados como suspeitos, correspondendo a uma taxa de incidência em torno de 24.000 casos por 100.000 habitantes. Em 90 dias, o vetor foi completamente eliminado e o vírus deixou de circular. O dengue só voltou a ser detectado na Bahia em 1994, quando o DEN-2 foi introduzido em uma cidade do extremo Sul do Estado, disseminando-se em seguida. O maior pico epidêmico ocorreu em 1996, quando a incidência atingiu 502 por 100.000 habitantes. A seguir, observou-se um declínio e, em 1998, esta taxa foi de 170 por 100.000 habitantes1. Entre 1994 a 1996 o único sorotipo isolado foi o DEN-2 e, somente em 1997 o DEN-1 também passou a circular intensamente.

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