HISTORIA DE IPUPIARA - BAHIA

 

Campos Belos. Fundão, Fortaleza de São João e Vanique, são alguns dos seus primeiros nomes, depois substituídos por Jordão e, finalmente, Ipupiara. Localizado a 170km de Seabra, na Chapada Diamantina, o município está mais a Oeste da Bahia, interligado aos municípios de Barra do Mendes, Gentio do Ouro e Brotas de Macaúbas, região conhecida em outrora como Chapada Velha, onde foram travadas intensas lutas pelos jagunços sob o comando dos lendários coronéis Militão Coelho e Horácio de Matos.

As comunidades de Ipupiara e Ibipetum foram formadas e se desenvolveram ao longo de gerações com gente simples assim. Visitar fontes históricas sobre o município de Brotas de Macaúbas, do qual elas duas foram distritos na primeira metade do século XX, pode ser útil no intento de conhecer a gente do lugar.

                   O “Povoado de Brotas” veio a existir pela penetração em seu território de garimpeiros à procura de ouro e diamante.  Em 1751, Manoel de Saldanha da Gama e sua mulher, Joana da Silva Guedes de Brito, herdeira desses sertões, doaram ao capitão-mor Romão Gramacho Falcão os terrenos intermediários aos rios Paramirim e Jacaré, que abrangem atualmente dezenas de municípios, desde Brotas de Macaúbas até Irecê (pt.wikipedia.org/wiki/Ibipetum. Acesso em: 9 mar. 2015).

                   Algumas jazidas de carbonato e de ouro foram descobertas em seu solo, um tesouro a que chamavam de Caiam-bola. Após a descoberta, houve aglomeração humana, dando origem ao povoado numa fazenda de propriedade de Antônio Alves de Oliveira, que depois fez doação à Capela então existente, sob os cuidados do padre Urbano Pereira da Silva. Em 1878, seu nome era vila Agrícola de Nossa Senhora de Brotas de Macaúbas e, em 1931, passou a ser Brotas (FERREIRA, 1958).

                   Pela divisão administrativa do Brasil de 1933, “o município de Brotas” compõe-se de quatro distritos: Sede, Chapada Velha, Jordão e Barra do Mendes. E pelo Decreto-lei estadual nº 10.724/1938 (quadro anexo), “a vila de Brotas” recebe foro de município, formado de Brotas, Barra do Mendes, Jordão, Morpará e São Francisco (Saudável).

                   Pelo Decreto-lei estadual nº 141/1943, o topônimo volta a denominar-se Brotas de Macaúbas, compondo-se, de acordo com o Decreto estadual nº 12.978/1944, dos distritos de Brotas de Macaúbas (ex-Brotas), Barra do Mendes, Ipupiara (ex-Jordão), Morpará e Saudável. Mais tarde, pela Lei estadual nº 628/1953, o município compõe-se de oito distritos: Brotas de Macaúbas (sede), Barra do Mendes, Ibipetum, Ipupiara, Morpará, Minas do Espírito Santo, Ouricuri do Ouro e Saudável (FERREIRA, 1958).

                   Com o passar dos anos, o imenso território de Brotas de Macaúbas sofreu vários desmembramentos para formar outros municípios: Monte Alto (1917), Oliveira dos Brejinhos (1933), Barra do Mendes (1958), Ipupiara (1958), e Morpará (1962) (pt.wikipedia.org/wiki/Ibipetum. Acesso em: 9 mar. 2015).

                   As disputas de poder entre os caudilhos Horácio de Matos e Militão Rodrigues Coelho marcaram a história de Brotas de Macaúbas na primeira metade do Século XX.

                   Horácio de Matos nasceu em 18 de março de 1881 na Chapada Velha, lugarejo que ganhou projeção em virtude da extração mineral, haurindo relações econômicas e sociais com outras povoações do Estado que, igualmente, se desenvolviam por causa da extração de diamantes, com destaque para Mucugê e Lençóis. Do comércio às ingerências da política foi um pulo. Eram os primeiros anos da República, uma época em que:

Famoso pela exploração do Cristal de Rocha, cuja qualidade atende aos mais avançados centros de tecnologia do Japão, das Coréias e dos Estados Unidos, onde é utilizado na fabricação de componentes eletrônicos, o município esconde em suas serras uma enorme capacidade para o turismo histórico e ecológico.
Pouca gente sabe que a 30km do centro de Ipupiara, houve um povoamento que contribuiu para dar origem às cidades de Brotas de Macaúbas e Ipupiara, na verdade uma Cidade Perdida, que muitos chamam de Comércio Velho. Sabe-se que no auge da exploração de diamantes pelos franceses, na década de 30 do Séc. XX, havia mais de 2 mil pessoas habitando ali, uma comunidade com forte influência da arquitetura barroca nas construções, e da moda europeia nos costumes e vestuários de homens e mulheres sempre elegantes. Até um bordel existia na comunidade. Hoje só restam casarios destruídos e submersos pela força dos ventos e do tempo. Ainda se vêem no lugarejo-fantasma, estruturas funerárias muito bem construídas.
Grutas extensas com pinturas rupestres expõem as passagens de povos indígenas na região, ofertando magia e curiosidades sobre os nossos ancestrais. As cachoeiras nos propõem uma beleza singular, com o frescor das águas límpidas sobre os corpos cansados das trilhas ecológicas, sempre muito convidativas, em ambiente quase que inexplorado, com vegetação densa a oferecer oxigênio puro, e aquele cheirinho de mato que os amantes da natureza sabem o quanto faz bem para o homem em toadas as suas dimensões: corpo, alma e espírito.
Conheça os principais destinos históricos e ecológicos durante suas visitas em Ipupiara.







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