Semp Toshiba Informática blefa com o Governo da Bahia, fecha fábrica em Salvador e demite 200 trabalhadores

Na verdade, o que a unidade da Semp Toshiba Informática fazia, há 14 anos, nas suas instalações no bairro de Águas Claras, periferia de salvador, era apenas montar notebooks e desktops.

Em 2012, com certo aparato, o presidente da empresa, Affonso Brandão Hennel (fato noticiado pelo Bahia Negócios - (, mas desmentido pela assessoria, muito embora tenha sido apresentado ao Governador uma foto das futuras instalações e o valor a ser investido na construção em torno de R$ 32 milhões).

Na época, Hennel declarou que  ”Estamos finalizando as negociações com o Governo da Bahia para a ampliação dos incentivos que já temos. Esperamos que a nova fábrica fique pronta ainda em 2010, com a nova unidade somando 150 novos funcionários aos 570 que hoje trabalham na STI”.

Em 2009, quando o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, e o então do Planejamento, Walter Pinheiro,  visitaram a unidade industrial, o Vice-presidente da Toshiba, Ricardo Freitas, declarou que “a fabricante de computadores, eletrônicos e celulares investirá no Brasil, em 2010, cerca de R$ 150 milhões, 76% a mais do que foi investido ao longo 2009. A ampliação da capacidade produtiva da unidade de negócios de computadores, a Semp Toshiba Informática (STI), está no bojo das negociações mantidas com o Governo da Bahia para a equalização dos créditos fiscais. A nova fábrica deverá entrar em operação até o início de 2011, ampliando o número de empregos dos atuais 420 para 570″

.O que os operários tinham denunciado ao Bahia Negócios se confirmou nas palavras de Hennel, conforme reportagem publicada com destaque no jornal Estado de S. Paulo: ”Estamos buscando maior eficiência operacional. Tínhamos duas unidades fabris de informática (Salvador e Manaus) e agora vamos concentrar as nossas operações em Manaus”,

A Sem Toshiba registrou no balanço de 2012 um prejuízo de R$ 109 milhões, dos quais R$ 60 milhões no segmento de informática, que faturava R$ 800 milhões dentro da receita de R$ 2 bilhões, e mantinha 500 empregados na filial baiana, onde montava 1 milhão de computadores por ano.

fonte: bahianegocios