fraudes à cota de gênero são alvo de 54 processos em alagoas

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Quatro dos nove vereadores eleitos em 2024 no município de Japaratinga perderam seus mandatos após decisão da Justiça Eleitoral que reconheceu fraude à cota de gênero. A cassação ocorreu por irregularidades nas candidaturas femininas da chapa, o que configura descumprimento da lei que estabelece percentual mínimo de candidaturas de cada sexo. A denúncia foi apresentada por Poliano de Moura Pinheiro (PSDB), o Pôly, que alegou que a candidatura de Dra Carla Lins (MDB) foi fictícia. No processo, foi argumentado que Carla não fez campanha, não teve movimentação financeira compatível e recebeu apenas três votos. Com a decisão, Pôly deverá assumir uma das cadeiras deixadas. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), tramitam atualmente 54 processos relacionados a fraudes na cota de gênero no estado. Desses, 35 seguem em 1º grau, enquanto outros já foram arquivados ou estão em fase de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legislação em vigor desde 2009 determina que partidos ou coligações preencham ao menos 30% das candidaturas de cada sexo. O descumprimento pode levar à anulação de votos e perda de mandatos — como ocorreu em Japaratinga e já vem se repetindo em outros municípios de Alagoas.