NONA ELEIÇAO 03 DE OUTUBRO DE 1992
PREFEITO DA SEMANA: OSVALDO LEITE DA SILVA
NONA ELEIÇAO 03 DE OUTUBRO DE 1992
Nesta serie vamos contar a história do nono prefeito eleito de Ipupiara através do voto popular desde a emancipação em
1958. A cada episódio, em ordem cronológica, vocês acompanham histórias sobre a
vida e a atuação política de cada um deles, que evidenciam como suas políticas
e ações contribuíram para a construção da cidade. Rumo às urnas, quando o
último prefeito for lembrado, estaremos às vésperas de escolher um novo chefe
do executivo para comandar o município por mais quatro anos. A inspiração para esta
série foi uma reportagem do Bahia Noticias prefeito da Semana, que
recuperou a história dos líderes do município de Salvador.
Só mesmo um
mergulho na história para entender as raízes dos problemas de uma cidade como
Ipupiara, com mais de 60 anos de existência. nono episódio, o Prefeito da
Semana fizemos uma busca no livro IPUPIARA E IBIPETUM, historias de lutas na
chapada Diamantina, de autoria de Arides Leite Santos, para conhecer
como se formaram as estruturas políticas, económicas e sociais do Município
Ipupiarense.
NONA ELEIÇAO 03 DE OUTUBRO DE 1992
Dois candidatos disputaram o pleito: Osvaldo
Leite da Silva, pelo PFL, representando a situação, apoiado pelo prefeito
Gildásio Martins Sodré, e Getúlio Ribeiro Barreto, pelo Partido Democrata
Cristão (PDC), apoiado pela oposição. A eleição ocorreu em 3 de outubro de
1992.
Osvaldo
venceu com 2.519 votos contra 1.536 de Getúlio, portanto, com 983 de frente. Seu
mandato foi de 4 anos: 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996.
A
partir desta eleição, observa-se claramente o ocaso da rivalidade histórica
entre Ipupiara e Ibipetum. O fato de os dois candidatos serem de Ipupiara
aponta nessa direção, e a razão é fácil de entender. Ibipetum, terra do fumo, entrou
em profunda decadência econômica, a partir dos anos 1980, o padrão de vida de
sua gente sofreu uma drástica deterioração, reduzindo significativamente a sua
importância político-eleitoral. A fase áurea dos caminhões carregados de fumo
para exportação, seu benéfico efeito multiplicador no comércio local havia
chegado ao fim. Foi-se o tempo dos depósitos repletos de trabalhadores empregados
nos serviços de beneficiamento do produto, das fábricas produzindo o fumo
desfiado e empacotado para entrega sob encomenda nas grandes cidades da Bahia e
de outros estados. O comércio de um modo geral definhou. Após aquela geração de
homens de negócio respeitados, bem capitalizados, e de políticos reconhecidos
para além de suas fronteiras, veio uma geração de jovens sem perspectiva de
desenvolvimento humano sustentável. Neste cenário, muitos jovens ávidos por
trabalhar e ganhar o sustento, mas sem chance de realizar-se no lugar de
nascimento, partiram para outros mundos: São Paulo, Salvador, Itabuna, Jequié,
Brasília, etc. Assim, o eleitorado de Ibipetum viu minguar a força que tivera
num passado não muito distante. Daí em diante, a lógica da política já não se baseia
mais no velho duelo: candidato de Ipupiara versus
candidato de Ibipetum.