PREFEITO DA SEMANA: A HISTORIA DE IPUPIARA CONTADA PELAS URNAS

 SEGUNDA  ELEIÇAO DE IPUPIARA – 7 DE OUTUBRO DE 1962.


Nesta serie vamos contar a história dos prefeitos eleitos na cidade de Ipupiara através do voto popular desde a emancipação em 1958. A cada episódio, em ordem cronológica, vocês acompanham histórias sobre a vida e a atuação política de cada um deles, que evidenciam como suas políticas e ações contribuíram para a construção da cidade. Rumo às urnas, quando o último prefeito for lembrado, estaremos às vésperas de escolher um novo chefe do executivo para comandar o município por mais quatro anos. A inspiração para esta série foi uma reportagem do Bahia Noticias prefeito  da Semana, que recuperou a história dos líderes do município de Salvador.

 Só mesmo um mergulho na história para entender as raízes dos problemas de uma cidade como Ipupiara, com mais de 60 anos de existência. Neste segundo episódio, o Prefeito da Semana fizemos uma busca no livro IPUPIARA E IBIPETUM, historias de lutas na chapada Diamantina, de autoria de Arides Leite Santos,  para conhecer como se formaram as estruturas políticas, económicas e sociais do Município Ipupiarense. 

 SEGUNDA  ELEIÇAO DE IPUPIARA – 7 DE OUTUBRO DE 1962.

 

                   Os políticos de Ibipetum ficaram divididos entre dois pré-candidatos: Aristides Silva ou José João Sobrinho. Este era sobrinho do primeiro e irmão de Artur Gomes; foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores de Ipupiara. Sua candidatura era considerada forte junto ao eleitorado da sede. Então decidiram que o candidato seria escolhido no voto. Realizada a convenção, apurados os votos, o resultado deu empate. Por ser mais idoso, Aristides Silva ganhou a indicação como candidato de Ibipetum (OLIVEIRA, 2015).

Arlindo Alves de Almeida (Sinhozão) candidatou-se pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), apresentado pelos políticos do distrito-sede (Ipupiara)

                   Aristides Francisco da Silva, de outro lado, candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD), apresentado pelos políticos do distrito de Ibipetum, pincipalmente o prefeito Dedé

                   Esta eleição foi disputadíssima. Durante a campanha eleitoral, o clima entre os eleitores de parte a parte era visivelmente tenso. A despeito dos ânimos exaltados dos eleitores, os candidatos eram amigos de longa data, mantiveram postura exemplar, tratando-se com mútuo respeito, tanto que os laços de amizade resistiram à força do antagonismo oriundo da corrida eleitoral. A eleição ocorreu em 7 de outubro de 1962.

                   Arlindo Almeida obteve 776 votos e Aristides Silva 740, portanto, o primeiro venceu com 36 votos de frente.

                    Exerceu mandato de quatro anos: 7 de abril de 1963 a 7 de abril de 1967.

                   Arlindo Alves de Almeida nasceu em Ibitunane, Gentio do Ouro, em 4 de maio de 1917, filho de Adrião Alves de Almeida e Maria Alves da Conceição. Mudou-se para o Fundão (Ipupiara) em 1926. Morou com o casal José Alves de Almeida e Fermolina Alves. Frequentou escolas da época, fez estudos primários. Foi comerciante, dono de farmácia, loja de tecidos, produtor rural, dono de rebanho bovino.

Aristides Francisco da Silva nasceu em 1888, no Bebedor, próximo ao povoado do Brejo, município de Gentio do Ouro. 

                   Aristides Silva disputou pela primeira vez a prefeitura de Brotas contra Nestor Rodrigues Coelho, filho do coronel Militão, isso por volta de 1938-1944 (não se sabe precisar o ano). O político barramendense venceu o pleito, mas sua vitória foi questionada. Alguns eleitores de Ibipetum estavam indo votar em Brotas, mas não conseguiram chegar a tempo, devido a uma manobra engendrada por correligionários do outro candidato. Diante do acontecido, o candidato derrotado foi estimulado por gente influente a lutar pelo mandato, sendo-lhe entregue armas e munição. Informado, porém, da não remuneração do cargo, Aristides Silva não se animou a lutar por ele. Voltou a ocupar-se da atividade comercial - o que sabia fazer muito bem -, labutando com loja de tecidos, roupas e perfumaria. Restaram-lhe cento e doze fuzis escondidos sob o tablado da sala de sua residência na Gameleira. Nos idos de 1970, Aristides Silva Filho (“Silvo”) filho dele os encontrou, bastante enferrujados, e houve por bem entregá-los ao filho de Ezequiel Matos, o médico Dr. Valter, que lhes deu o destino previsto em lei à época. O gameleirense montou venda em Ibipetum, Ipupiara e Morpará (SILVA, 2015). 

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  2. Excelente iniciativa em resgatar a história dos Prefeitos eleitos. Faltou a primeira eleição disputada por José Antonio dos Santos e Getúlio Ribeiro Barreto.

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Diamantina FM

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