CIDADES ENFRENTAM COLAPSO NA REDE DE MEDICAMENTOS BASICO NA BAHIA

http://www.ocristal.com.br/2014/08/cidades-enfrentam-colapso-na-rede-de.html
Nas últimas semanas, A equipe de redação do
Ipupiaranoticias, visitou unidades médicas em nossa regiao, conversou com
especialistas, pacientes e ouviu sobre a crise na distribuição de remédios
Em Ipupiara uma cidade com 10000 habitantes, os moradores
conta com uma farmácia básica da prefeitura que é abastecida pela prefeitura e pelos governos estadual e federal, mais neste
ano não da pra contar muito com ela , Nem com a imensa maioria das unidades
espalhadas nos 417 municípios baianos, que enfrentam uma grave crise no
fornecimento de medicamentos para a população mais carente.
Estoques zerados, ou perto disso, de remédios para doenças
de risco, como hipertensão, diabetes e infecções respiratórias. Atrasos na
distribuição de medicamentos, alguns deles de uso controlado, que deveriam ser
entregues com regularidade a portadores de distúrbios psiquiátricos.
Relatos de pacientes, secretários de saúde, profissionais da
área médica e servidores responsáveis pela distribuição de remédios confirmam
um colapso na assistência farmacêutica da Bahia que já se arrasta desde o fim
do ano passado e afeta a chamada atenção básica - a porta de entrada do SUS,
considerada por especialistas como o mais importante e estratégico pedaço da
pirâmide da saúde pública.
No próximo domingo o profissional da área de saúde que cuida
da saúde mental de Ipupiara há mais de dez anos , estará atendendo em Ipupiara,
mais sem nenhum medicamento para distribuir como é de costume
Governo do Estado recebe por municípios, mas não repassa
Tinha tudo para ser uma revolução na atenção básica e um
grande negócio para os municípios. Em 2006, o Ministério da Saúde baixou
portaria que incluiu na conta do SUS o fornecimento de centenas de remédios.
Pelas regras, a União arcaria com 50% da fatura. Já prefeituras e governos
estaduais bancariam, cada um, 25%. No rastro da nova política, a Secretaria de
Saúde do Estado (Sesab) apresentou aos municípios uma proposta com potencial
para ampliar a distribuição gratuita de medicamentos na rede de atenção básica.
Em síntese, a Sesab se colocou à disposição dos municípios
para receber os 50% repassados todo mês a eles pela União e, em troca,
centralizar a compra e distribuição de remédios no valor correspondente ao que
as prefeituras tinham direito. Somados, claro, os 25% devidos pelo governo do
estado. O argumento era mais que válido: com volume maior de recursos, era
possível comprar mais por bem menos. S
em falar que os municípios ficariam livres de lidar com
licitações e com a recusa dos laboratórios em participar de pregões com baixo
volume de venda. No total, 289 de 417 prefeituras aceitaram o pacto e deixaram
que o estado gerisse grande parte da distribuição de remédios, através da
Central Farmacêutica da Bahia (Cefarba).
A eles, cabia garantir os 25%, parte prevista em lei. No
total, a União garante R$ 5,10 por habitante ao ano, já governo do estado e
prefeitura arcam com R$ 2,36 cada. Atualmente, a Sesab tem em caixa um
orçamento anual de R$ 60 milhões para comprar e repassar medicamentos da
atenção básica.
“A centralização permite melhor preço. Por isso, era certo
optar por esse modelo, devido à economia de escopo. Em alguns casos, a redução
era de até 10 vezes. Não se esperava que houvesse problemas, que tornaram a
situação bastante difícil para as prefeituras, embora isso exista há muito
tempo”, afirma o médico Raul Molina, secretário de Saúde de Sapeaçu e
presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde
(Cosems-BA).